O ajuste de franquia ou franchising é a modalidade contratual e empresarial que vem crescendo com imensa aceitação no mercado há muitos anos, visto possuir inúmeras vantagens para novos empreendedores.
Franquia é, grosso modo, um sistema de venda na qual o franqueador: pessoa que detém a marca de determinado produto ou serviço, cede ao franqueado: “comprador” da possibilidade de utilização da marca, o direito à exploração de sua identidade comercial, patente, infraestrutura, know-how, bem como direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços.
O franqueado, em contrapartida, paga parte de seu faturamento ao franqueador sob a forma de royalties. Para se formalizar um contrato de franchising o potencial franqueado ou pessoa interessada, entabula negociações preliminares com a franqueadora e registra seu cadastro, posteriormente recebendo aceite para finalizar estas negociações.
Ocorre que, como disposto na Lei 8.955/94 ou “Lei de Franquia”, é obrigação da franqueadora fornecer ao potencial franqueado um documento denominado “Circular Oferta de Franquia” (COF), nele devendo constar todas as informações enumeradas no artigo 3º da lei.
Em resumo, na COF deverão estar presentes balanços financeiros, valores de investimentos e de taxas, layout da loja ou espaço da franqueadora, bem como quais serão o modelo de negócio e forma do suporte oferecidos pela mesma.
Conforme estabelecido no artigo 4º, da Lei 8.955/94, a Circular Oferta de Franquia deverá ser entregue ao potencial franqueado, no mínimo 10 (dez) dias antes da assinatura do contrato ou pré-contrato de franquia, ou ainda, do pagamento de qualquer tipo de taxa pelo potencial franqueado a franqueadora, empresa ou pessoa ligada a ela.
Este prazo de dez dias é doutrinariamente conhecido como prazo de reflexão e foi estabelecido pelo legislador como período razoável para que o potencial franqueado analise todas as condições e propostas da franqueadora, antes de firmar o contrato.
A não observância do prazo de reflexão por parte da franqueadora, pode acarretar a anulação do contrato e o potencial franqueado tem o direito de exigir a devolução de todas as quantias que já tenham sido pagas a franqueadora, ou a terceiros por ela indicados.
Assim, verifica-se a extrema necessidade de um potencial franqueado buscar auxilio e orientação técnica especializada, para acompanhamento durante a contratação de uma franquia.
Autor: João Victor de Almeida Branco, Advogado proprietário do escritório AB Advogados e cooperado do Inovar.Site .
Relacionado
Nós utilizamos monitores analíticos Google que podem fazer uso de cookies próprios neste website, de modo a permitir melhorias futuras de conteúdo e rapidez no carregamento. Clicando em “Aceitar”, você consente em usar todos estes cookies.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these cookies, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may have an effect on your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.
Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.