A canadense Province Brands agitou o mercado do Norte dias atrás ao revelar que há meio ano ingressou com pedido de patente provisória da primeira cerveja industrial de cannabis do mundo.
A Province segredou que a patente da nova tecnologia prevê a substituição de grãos por cannabis durante o processo de fabricação da cerveja. A tecnologia teria sido resultado de dois anos de pesquisa em parceria com uma emergente cervejaria especializada em produtos sem álcool.
“Desenvolvemos cervejas de grande sabor, mas também temos uma propriedade intelectual valiosa”, festejou a Province no comunicado. Nele, afirma que está dedicada à missão de criar uma “alternativa mais segura e saudável ao álcool”.
A Province decidiu sair da toca e mostrar suas cartas depois de assistir outras empresas fazendo movimentos ousados no jogo que pretende fundir a indústria de cannabis com a de bebidas.
Meses atrás, a gigante Constellation Brands (uma empresa de bebidas alcoólicas de vários bilhões de dólares, conhecida por marcas como Corona) comprou uma participação de 10% na empresa Canopy Growth, um dos únicos 84 produtores licenciados de cannabis no Canadá. O objetivo da associação era claro: desenvolver bebidas infundidas de maconha – inicialmente, refrigerantes, cafés e bebidas à base de frutas. Mas ninguém tem dúvidas de que a cerveja também está no menu.
Também no ano passado, a americana Lagunitas Brewing Company, comprada pela Heineken no início de 2017, lançou uma IPA especial feita com infusão de óleo de maconha. Mas a bebida foi colocada à venda apenas em bares do estado da Califórnia, por causa da legislação. Outras pequenas cervejarias americanas já tem produtos similares.
OLHO À FRENTE
As movimentações borbulhantes em torno da cerveja de cannabis têm em vista a aposta de que há janelas de oportunidade legal se abrindo à frente.
O Canadá foi o primeiro país do mundo a legalizar a maconha medicinal em 2001. Mas isso não envolveu alimentos e bebidas.
No entanto, existe uma grande expectativa de que esse cenário venha a mudar: no início de outubro de 2017, o governo canadense sinalizou mudança na legislação da cannabis, esticando a liberação para outros segmentos, provavelmente em 2019.
A declaração do governo do Canadá foi praticamente simultânea ao anúncio de associação da gigante Constellation Brands à Canopy Growth. Depois das duas notícias agitarem o mercado, empresas canadenses que estudam produtos à base de cannabis sentiram um imediato aumento do assédio de investidores. Foi o caso da própria Province Brands, que recebeu fermentados aportes nos últimos meses.
Além da mudança na legislação do Canadá, empresas do segmento também estão na expectativa de que a cannabis venha a ser legalizada para uso recreativo em todos os estados americanos. Atualmente, seis estados já regulamentaram o mercado de maconha recreativa: Colorado, Washington, Oregon, Alasca, Nevada e, mais recentemente, Califórnia.
Ou seja: ainda há muito mercado pela frente.
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